Convém evitar a obstipação, mantendo um bom ritmo intestinal com uma dieta rica em fibra, uma alimentação equilibrada e uma correta ingestão de líquidos. É conveniente não abusar dos laxantes.
Não é necessário realizar grandes esforços. De facto, os desportos que requerem impactos bruscos como a aeróbica, o stepping ou o footing não são os mais aconselháveis, já que alteram o tom muscular pélvico e aumentam a pressão intra-abdominal. É suficiente realizar exercício de forma constante.
É aconselhável que, mesmo não tendo perdas de urina, se realizem exercícios do pavimento pélvico todos os dias para reforçar o tom muscular da zona e evitar o seu relaxamento.
Com a idade também podem aparecer problemas no sistema nervoso, responsável pelo controlo da micção, e no sistema urinário. No entanto, estes problemas são considerados como um processo patológico dentro do envelhecimento.
Pode-se, isso sim, recomendar uma redistribuição horária da ingestão de líquidos, mais concretamente, tomar mais líquidos de manhã e reduzir a ingestão à tarde e à noite.
Os casos de perdas graves (superiores a 600 ml em 8 horas) costumam estar acompanhados de doenças do sistema nervoso e lesões medulares, como por exemplo a doença de Alzheimer, a esclerose múltipla, a espinha bífida, a paraplegia ou a doença de Parkinson.
Sim, podemos identificar outros sintomas que acompanham as perdas de urina, como por exemplo:
- Incapacidade de urinar, relacionada por exemplo com a retenção de urina.
- Dor relacionada com o enchimento da bexiga e/ou dor ao urinar sem que exista infeção da bexiga.
- Debilidade progressiva do jato urinário com ou sem sensação de completo esvaziamento da bexiga.
- Aumento do número de vezes que se urina por dia sem estar relacionado com uma infeção de bexiga.
- Necessidade de chegar rapidamente à casa de banho e/ou perda de urina se não se chegar a tempo.
- Perda de urina que começa ou continua depois de um processo cirúrgico.
- Infeções frequentes da bexiga.
É importante recordar que a consulta ao médico, enfermeiro ou farmacêutico quando surgir o primeiro sintoma de incontinência pode ajudar a resolver o problema e a reduzir as perdas de urina.
Nesta etapa o organismo da mulher deixa de produzir estrogénios (hormonas femininas), que controlam e regulam os períodos menstruais e as alterações corporais. A falta de estrogénios faz com que os músculos da bexiga se debilitem e percam elasticidade.
As perdas urinárias são mais frequentes nas mulheres, de facto em cada quatro pessoas que sofrem de incontinência, três são mulheres. Esta prevalência é devida a algumas especificidades da anatomia e da fisiologia das mulheres, que as tornam mais vulneráveis a sofrer de incontinência. Ou seja, a mulher tem uma série de fatores de risco exclusivos, como por exemplo o número de gravidezes e partos, ou a menopausa, que exercem um efeito negativo sobre o pavimento pélvico e portanto o enfraquecem.
Nem sempre, porque também depende de outros fatores: se o parto foi mais ou menos difícil, se se deu à luz mais do que uma vez, etc.