Incontinência urinária

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Sim. Nos episódios de obstipação, para forçar a evacuação, uma pessoa exerce uma pressão muito superior à habitual sobre o esfíncter anal, situado no pavimento pélvico, o que tem consequências negativas sobre a musculatura pélvica.

Convém evitar a obstipação, mantendo um bom ritmo intestinal com uma dieta rica em fibra, uma alimentação equilibrada e uma correta ingestão de líquidos. É conveniente não abusar dos laxantes.
Independentemente da idade é conveniente fazer exercício físico todos os dias, já que isto permite evitar o aparecimento de problemas ósseos, obstipação e obesidade. O exercício regular é fundamental para manter o organismo ativo e uma boa condição física.

Não é necessário realizar grandes esforços. De facto, os desportos que requerem impactos bruscos como a aeróbica, o stepping ou o footing não são os mais aconselháveis, já que alteram o tom muscular pélvico e aumentam a pressão intra-abdominal. É suficiente realizar exercício de forma constante.

É aconselhável que, mesmo não tendo perdas de urina, se realizem exercícios do pavimento pélvico todos os dias para reforçar o tom muscular da zona e evitar o seu relaxamento.
Não. Embora, efetivamente, a incontinência seja um problema que surge com maior frequência entre as mulheres com idades mais avançadas, não é inevitável nem acontece a todas, já que também depende da sua condição física, de se tiveram ou não filhos, de se sofrem de obesidade, das operações a que foram submetidas, etc.
As pessoas de idade não devem assumir com normalidade esta afirmação. O processo fisiológico do envelhecimento implica que o seu corpo sofre uma série de alterações, como a debilidade do pavimento pélvico e a perda de elasticidade dos tecidos, que podem causar perdas de urina.

Com a idade também podem aparecer problemas no sistema nervoso, responsável pelo controlo da micção, e no sistema urinário. No entanto, estes problemas são considerados como um processo patológico dentro do envelhecimento.
Há uma tendência para reduzir a ingestão de líquidos quando se sofre de perdas de urina, acreditando que desta forma estas podem diminuir. É uma medida pouco adequada e desaconselhada já que o nosso organismo necessita de uma quantidade diária de líquidos para o seu correto funcionamento.

Pode-se, isso sim, recomendar uma redistribuição horária da ingestão de líquidos, mais concretamente, tomar mais líquidos de manhã e reduzir a ingestão à tarde e à noite.
O sistema nervoso está encarregue de nos tornar conscientes de que temos vontade de urinar, e da regulação do processo de micção. Determinados problemas que o podem afetar têm repercussões negativas sobre o controlo da urina.

Os casos de perdas graves (superiores a 600 ml em 8 horas) costumam estar acompanhados de doenças do sistema nervoso e lesões medulares, como por exemplo a doença de Alzheimer, a esclerose múltipla, a espinha bífida, a paraplegia ou a doença de Parkinson.

Sim, podemos identificar outros sintomas que acompanham as perdas de urina, como por exemplo:

  • Incapacidade de urinar, relacionada por exemplo com a retenção de urina.
  • Dor relacionada com o enchimento da bexiga e/ou dor ao urinar sem que exista infeção da bexiga.
  • Debilidade progressiva do jato urinário com ou sem sensação de completo esvaziamento da bexiga.
  • Aumento do número de vezes que se urina por dia sem estar relacionado com uma infeção de bexiga.
  • Necessidade de chegar rapidamente à casa de banho e/ou perda de urina se não se chegar a tempo.
  • Perda de urina que começa ou continua depois de um processo cirúrgico.
  • Infeções frequentes da bexiga.

É importante recordar que a consulta ao médico, enfermeiro ou farmacêutico quando surgir o primeiro sintoma de incontinência pode ajudar a resolver o problema e a reduzir as perdas de urina.

Nesta etapa o organismo da mulher deixa de produzir estrogénios (hormonas femininas), que controlam e regulam os períodos menstruais e as alterações corporais. A falta de estrogénios faz com que os músculos da bexiga se debilitem e percam elasticidade.

As perdas urinárias são mais frequentes nas mulheres, de facto em cada quatro pessoas que sofrem de incontinência, três são mulheres. Esta prevalência é devida a algumas especificidades da anatomia e da fisiologia das mulheres, que as tornam mais vulneráveis a sofrer de incontinência. Ou seja, a mulher tem uma série de fatores de risco exclusivos, como por exemplo o número de gravidezes e partos, ou a menopausa, que exercem um efeito negativo sobre o pavimento pélvico e portanto o enfraquecem.

Nem sempre, porque também depende de outros fatores: se o parto foi mais ou menos difícil, se se deu à luz mais do que uma vez, etc.